sábado, 27 de novembro de 2010

Minha única regra.


"Eu tentei. Juro que tentei. Mas é impossível conseguir algo com milhares de pessoas te mandando energias negativas e 'insinuando' que você não irá conseguir".

Minha vida era tentar achar justificativas para os meus erros, erros que não havia cometido, mas sabia que iria cometer um dia e queria ter respostas.

Eu pensava nisso enquanto fazia minha lista de objetivos para o ano que vem. Sempre fazia isso. Nessa lista estavam coisas como:
- Passar de ano.
- Voar de asa delta.
- Conhecer o museu da cidade vizinha.
(...)

Algumas coisas eram fáceis de se realizar, outras se repetiam nas minhas listas há anos. Refletindo sobre isso, peguei todas as listas que tinha e juntei. Olhei, olhei de novo, pensei, conclui que: os objetivos que não tinha conseguido obter, se deveram ao fato dos palpites das outras pessoas.
- Ter um cachorro. (minha mãe dizia que eles davam mais trabalho que minha irmã de 2 anos);
- Bater uma foto com meu ídolo. (ídolo, para meu pai, era uma fase da minha vida que logo ia passar e além do mais, ele dizia, que minha fotos sempre eram horríveis);
- Viajar sozinha. (sempre me acharam imatura demais para tal coisa, toda vez que tocava no assunto, me diziam a mesma coisa, sempre assentia e obedecia).

E mais diversas outras coisas. Me deu até dor de cabeça ler tanta proposta não-realizada junta.

"Ah, quer saber? Eu já sei". - eu disse.
Rabisquei o meu papel até encontrar a combinação perfeita de palavras que, reunidas numa mesma oração, dariam vida a minha única regra.
Regra: Não irei me deixar levar pelos 'você não conseguirá' que receberei durante minha vida. Tentarei e tentarei.

Nas férias, sem ninguém saber, economizei e conseguir ter meu próprio cachorro. No começo, meus pais não aceitaram bem a ideia, mas depois, todos se acostumaram. Insisti e me mostrei muito mais que madura até que me deixaram viajar para a cidade ao lado sozinha. Lá, inesperadamente, conheci meu ídolo e bati uma foto com ele. Conheci o museu que tanto queria, e por ser a visitante número dois mil, consegui um convite para voar de asa delta. Assim que voltei para casa, achei que iria levar a maior bronca pelo meu atraso de duas horas e meia. Mas, me deram um desconto básico por eu ter passado de ano.

"Não é que aquela regra dá certo mesmo?" - falei mais alto do que devia.
"O quê, filha?" - minha mãe indagou com a cara de curiosidade que era comum nela.
"Nada mãe, nada". - falei.

- totalmente ficção :)

3 comentários:

  1. Esse é aquele tipo de ficção que sempre queremos que se torne realidade, seria tão bom né?!
    mas as vezes só basta querermos muito que se torna realidade!
    Beeijo ;*
    Boa semana!

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  2. é ua ficção totalmente prática. se vc tiver maturidade, inteligência e segurança tudo é possivel. adorei! beijokas

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  3. Amiga, passa lá no blog que tem um selinho para você :)

    http://loucamentepensando.blogspot.com/2010/11/o-primeiro-selo-do-blog.html

    Beijos!

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